quarta-feira, 18 de agosto de 2010

E pronto, o regresso à "vida normal" traz destas coisas:

O jornal i faz as contas às faltas dos deputados na Assembleia da República:

- 42,6% das faltas são dadas à sexta-feira. Ou seja, ficamos a saber que os familiares dos deputados morrem mais à 6f, que eles ficam doentes mais à 6f e que os trabalhos políticos e os "motivos de força maior", que ninguém sabe bem o que são, também acontecem mais à 6f. Tudo coincidências, por certo;

- As faltas injustificadas resultam no corte de 1/20 do vencimento, podendo chegar aos 1/10, se a acumulação for grande, mas com um leque tão vasto de justificações disponíveis, sendo que os melhores de todos são o Trabalho Político e os Motivos de Força Maior, porque permitem justificar tudo sem precisar de justificar nada, duvido que alguém veja os seus ordenados muito depauperados no final do mês;

- Este ano, o deputado Sérgio Vieira já deu 40 faltas. Segundo o próprio informou à Lusa, apresentou as justificações referentes ao "acompanhamento de um familiar fora do país". Tudo muito certo, pois todos passamos por situações difíceis. O que eu queria saber era se qualquer português comum dissesse ao seu patrão que, em 7 meses de trabalho, iria faltar dois meses, sem contar com possíveis férias, se ele diria "ah, tudo bem, eu pago-te o ordenado na mesma". Pois, duvido...

Eu recordo aliás uma situação, há uns tempos atrás, em que os deputados queriam fazer uma proposta de lei para que a Assembleia deixasse de aprovar diplomas à 6f. Com certeza, era a pensar no imenso trabalho político que os deputados têm de fazer no último dia da semana, estou certo...

É triste, mas um retrato fiel do país governativo que temos...

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