sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Uma das minhas séries preferidas de todos os tempos terminou hoje, no AXN. Após 15 temporadas, e 15 anos também, a série Serviço de Urgência deixou de ser transmitida (já algum tempo nos EUA, mas eles aqui fizeram render o peixe...). É a série com mais nomeações para Emmys (123, segundo a Wikipédia) e a que mais anos esteve como série preferida de toda a gente (de 1995 a 2005, só não o foi em 2004, mais uma vez segundo a Wikipédia). Passaram pela série nomes famosos como George Clooney, Forest Whitaker, Kirsten Dunst ou Don Cheadle, mas é sobretudo pela qualidade de todos os actores que a série tocava quem a via. Conta a lenda que Steven Spielberg queria fazer um filme daquilo, mas depois transformou a coisa em série. E em boa hora, direi eu e todos os outros fãs.

Aqueles que são médicos e enfermeiros poderão argumentar que nem tudo se passa na realidade conforme ali se vê. No entanto, e para mim, aquela é a série mais real sobre o que se passa nos hospitais. Qual House, Anatomia de Grey ou Hospital Central (cópia espanhola do ER): aquele é o melhor. Acompanhei várias das temporadas e apesar do contexto ser o mesmo as histórias conseguiam sempre pôr-me a rir, a chorar, a emocionar-me com este ou aquele problema, sempre variado ou tratado de forma diferente, com um toque humano. A ideia que passava é que eram pessoas normais, como qualquer pessoa normal que estava em casa a ver, e isso provocava um sentimento de identificação muito grande. Era a única série que eu sabia a que horas dava e que alterava planos só para a ver. Os diálogos eram fantásticos, criados pelo já falecido Michael Crichton, e os desempenhos brilhantes, apesar de rodarem grande parte dos actores de temporada para temporada. E que bonito foi vê-los praticamente todos na última temporada a fazerem uma "perninha" num dos episódios, até os que tinham morrido, como o Dr. Mark Greene, uma das histórias mais fortes de todas, assim como a estadia no Sudão do Dr. Carter, que recebeu a companhia do Dr. Pratt, cuja morte no início desta última temporada foi um dos episódios mais emotivos que eu alguma vez vi numa série de televisão.

Porque falamos tanto no lixo que consome a nossa televisão, é importante enaltecer os que fazem um bom trabalho em entreter as massas com um produto de tanta qualidade. Não fico à espera de um remake, mas se voltarem a repor a série, lá estarei colado ao ecrã a rever tudo outra vez... :)

A primeira temporada (que novinhos.... :) )

E aqui na última temporada (Neela e Sam, que par de médica e enfermeira.... :) )

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