quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Percorro os caminhos insondáveis das memórias passadas e recordo as estrelas que iluminavam a noite. Sondo os recantos mais escondidos do coração e lembro esse sorriso que irradiava felicidade. Navego pelos mares da lembrança e desembarco no velho alpendre, com aquele banco tosco feito de pau-rosa em que nos sentámos. São fáceis de recordar os momentos em que nos olhámos, ansiosos por um desfecho que sabíamos inevitável, mas receosos de todas as mudanças que ele trazia.

Por fim, nada mais havia ao redor. Os sons da festa diminuíram, e até as estrelas se apagaram, quando os nossos lábios se uniram numa expressão plena da mais bonita paixão. Ficámos abraçados num enlevo que durou poucos segundos, mas que sentimos ter durado para sempre. Unidos sob a bênção das estrelas que voltaram a brilhar e da lua, nossa companheira de muitas noites futuras, sonhámos o que o amanhã nos poderia trazer e deixámos de temer, ou pelo menos decidimos tentar combater esse destino que não nos trazia nada de positivo. E assim ficámos, abraçados, juntos, como se tudo o mais não importasse. Hoje, trago comigo a lembrança dessa noite que passou, como se de ontem se tivesse tratado. Passem os anos, como já passaram, passem as pessoas, como já passaram, mas essa noite ficará para sempre na lembrança. Ontem como hoje, ainda sinto a força do abraço que nos uniu…

(Autor desconhecido)

O tempo passa e as pessoas mudam, nem sempre para melhor. Quando tudo o resto falha, ficam as memórias e este texto ilustra bem as que me ficaram deste dia…

1 comentário:

Anónimo disse...

lindo! digno de um verdadeiro D.Juan :)