A Ordem dos Médicos quer impedir os doentes de trocarem de medicamentos, apesar da legislação que visa permitir a prescrição por princípio activo em vez de por marca de medicamento, segundo o Público de hoje.
Não sou médico, e esta questão interessa-me muito, a mim como a toda a gente, por isso fico sempre com curiosidade quando ouço esgrimir estes assuntos, na esperança de ver argumentos científicos que permitam desmontar esta nova legislação e não apenas má vontade. No entanto, ao ler-se a argumentação do bastonário, soa mais a birra que a verdadeira preocupação com os pacientes. Em vez de se explicar tintim por tintim porque é que os medicamentos genéricos, ou esta liberdade de escolha, podem ser prejudiciais aos doentes, José Manuel Silva, o bastonário da Ordem dos Médicos, defende que isto vai fazer com que as farmacêuticas privilegiem algumas marcas em função das receitas comerciais, para conseguirem preços mais baixos.
Então mas isto está errado onde? Pois, aparentemente não está. Mas o facto de os grandes grupos de produção de medicamentos deixarem de fazer visitas aos médicos a oferecerem canetas, blocos, carros e viagens, e passarem a fazê-lo aos directores das farmácias, não parece agradar ao responsável pelos médicos portugueses. Não se ouve nenhum argumento provando que a escolha de outro medicamento com o mesmo princípio activo, genérico neste caso, pode prejudicar o paciente. O que se ouve é uma classe ressabiada que vai ficar sem os seus benefícios.
Durante anos os médicos (muitos deles, a larga maioria) viveram a contar com estes bónus, que lhes chegavam tanto maiores quanto mais vezes receitavam o mesmo medicamento (que por coincidência era sempre o mesmo para muitos doentes, claro, não era nada propositado). Eles eram material de estacionário, participação paga em congressos, viagens, carros para os mais "amigos"... Agora que as benesses vão mudar de mãos, cai o Carmo e a Trindade. Não sejam invejosos, senhores doutores, deixem que outros também beneficiem dessas maravilhosas ofertas que durante anos vos contemplaram... :)
Ou então, sejam sérios e expliquem muito bem os riscos médicos de permitir esta opção pelos genéricos à la carte, se é que os há...
Não sou médico, e esta questão interessa-me muito, a mim como a toda a gente, por isso fico sempre com curiosidade quando ouço esgrimir estes assuntos, na esperança de ver argumentos científicos que permitam desmontar esta nova legislação e não apenas má vontade. No entanto, ao ler-se a argumentação do bastonário, soa mais a birra que a verdadeira preocupação com os pacientes. Em vez de se explicar tintim por tintim porque é que os medicamentos genéricos, ou esta liberdade de escolha, podem ser prejudiciais aos doentes, José Manuel Silva, o bastonário da Ordem dos Médicos, defende que isto vai fazer com que as farmacêuticas privilegiem algumas marcas em função das receitas comerciais, para conseguirem preços mais baixos.
Então mas isto está errado onde? Pois, aparentemente não está. Mas o facto de os grandes grupos de produção de medicamentos deixarem de fazer visitas aos médicos a oferecerem canetas, blocos, carros e viagens, e passarem a fazê-lo aos directores das farmácias, não parece agradar ao responsável pelos médicos portugueses. Não se ouve nenhum argumento provando que a escolha de outro medicamento com o mesmo princípio activo, genérico neste caso, pode prejudicar o paciente. O que se ouve é uma classe ressabiada que vai ficar sem os seus benefícios.
Durante anos os médicos (muitos deles, a larga maioria) viveram a contar com estes bónus, que lhes chegavam tanto maiores quanto mais vezes receitavam o mesmo medicamento (que por coincidência era sempre o mesmo para muitos doentes, claro, não era nada propositado). Eles eram material de estacionário, participação paga em congressos, viagens, carros para os mais "amigos"... Agora que as benesses vão mudar de mãos, cai o Carmo e a Trindade. Não sejam invejosos, senhores doutores, deixem que outros também beneficiem dessas maravilhosas ofertas que durante anos vos contemplaram... :)
Ou então, sejam sérios e expliquem muito bem os riscos médicos de permitir esta opção pelos genéricos à la carte, se é que os há...
1 comentário:
Não me parece que as visitas que são feitas aos médicos vão parar. Com os genéricos, acontecerá o mesmo, pois são as grandes farmacêuticas que os produzem. A questão não é essa. A questão é a troca de genéricos por outros genéricos - e sei muito bem o interesse que a Farmácia tem em trocá-los -, e a confusão que isso origina para os utentes, principalmente idosos. Os médicos não são contra os genéricos, aliás, é um mercado em ascenção. Os médicos são contra o facto de alguém ter a liberdade de alterar a sua prescrição através da receita.
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