quinta-feira, 24 de junho de 2010

Estou a preparar, para a edição de Agosto da nossa revista, um especial sobre os 100 anos da Beata Teresa de Calcutá. A 26 de Agosto, Teresa celebraria 100 anos de vida, se ainda estivesse hoje entre nós. Caso estivesse, poderiamos encontrá-la num qualquer recanto onde houvesse um ser humano a sobreviver em condições deploráveis, olhando por ele e procurando ajudá-lo. Era uma mulher de convicções fortes e um sorriso contagiante, que abraçava tudo e todos, e não se importava de confrontar fosse quem fosse com o seu exemplo e a sua atitude em prol dos outros. Quando recebeu o Nobel da Paz, recusou-se a participar do banquete que se lhe seguiu e pediu que a comida que iria ser distribuida ali fosse dada aos pobres. Um pormenor, mas significativo, semelhante ao pormenor que diz que, num dos encontros com o Papa João Paulo II, lhe pediu que vendesse o Papamóvel para poder usar esse dinheiro para os pobres.
Foi uma mulher de Deus, e ainda assim sofreu muito por causa da sua fé. No livro que publicou as suas cartas, observamos que Teresa vivia num clima de muita ansiedade e sofrimento interior, por não conseguir sentir Deus perto dela, apesar de afirmar e acreditar na sua existência. Alguns consideram este livro prova de fraqueza, mas eu alinho pela teoria de que este livro apenas lhe dá mais força enquanto mulher de Deus. Só alguém muito próximo e com tanta fé pode sentir a falta de Deus da mesma forma que ela sentiu.
Mas acima de tudo, para crentes e não-crentes, fica a prova de amor pelos outros, que serve de exemplo a quem quiser seguir as suas pegadas. E como seria bom que os nossos políticos e governantes procurassem exemplos destes para nortear as suas acções...
Esta foi, a fazer fé no Youtube, uma das últimas entrevistas da Madre Teresa.


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