sexta-feira, 5 de junho de 2009

Domingo são as primeiras eleições do ano, as europeias. Votamos para eleger representantes dos portugueses no Parlamento Europeu, onde se debatem temas que são importantes para o nosso futuro na União Europeia. Quando começam a sair as ultimas sondagens, parece-me útil avaliar esta campanha e modo como foi conduzida por todos.

Antes de mais, os orçamentos astronómicos das campanhas. Gastar milhões de euros do Estado para fazer cartazes que agora só vão ficar a poluir as nossas cidades (gostaria de ver o primeiro governo com "tomates" que legislasse a favor de obrigar os partidos políticos que colocam os cartazes pelas cidades a recolhê-los no final da campanha, para não começarem a cair aos bocados, arrancados pelo vento que não perdoa) numa altura em que os políticos tanto falam de crise, parece-me completamente descabido. Gostei de ouvir Miguel Portas a denunciar isso mesmo, mas não compreendi uma coisa que disse: o Bloco de Esquerda tinha de facto dos orçamentos mais baixos, mas Miguel Portas afirmou à boca cheia que deveria ainda ser menos, que se gasta muito dinheiro em campanhas. Então e porque é que não foi? Quem manda no partido tem uma opinião diferente dos candidatos? Sinceramente, achei um toque demagógico e desnecessário, mas enfim...

Depois, as discussões europeias. Tenho de reconhecer que não li os programas de cada partido e que me cingi a acompanhar, sempre que possível, as eleições pela comunicação social. E o que vi não me deixou com vontade de aprofundar mais as minhas questões. Quezílias de âmbito nacional não deveriam ter surgido nesta campanha, devia haver regras que proibissem isso, por muito difícil que eu sei que seria. Andaram todos os políticos a falar de questões itnernas, sem se preocuparem muito com esclarecer sobre as suas opções para a Europa. Com excepção do imposto europeu, pouco mais ouvi sobre outros problemas prementes como imigração, natalidade, crise económica europeia, políticas europeias de combate ao desemprego, etc. Parece que esta foi uma pré-campanha para as legislativas mais do que propriamente uma campanha para as Europeias. Depois, admiram-se dos niveis de abstenção. Querem incentivar as pessoas a irem votar? Em vez de o pedirem à boca cheia e mais nada, experimentem esclarecer as pessoas e entusiasmá-las a votar, debatendo publicamente assuntos de índole europeia. Garanto que resulta muito melhor...

Uma nota final para um pormenor que me desagradou bastante, e que infelizmente é frequente: Não posso admitir que José Socrates, duante um comício de apoio a Vital Moreira enquatno secretário-geral do PS, faça comentários ou declarações relaticas ao cargo de primeiro-ministro. Acho de um mau gosto terrível, e uma falta de respeito para com os portugueses, tentanto fazê-los passar por parvos. Infelizmente não é o único que o faz, mas acho que um primeiro-ministro tem de dar o exemplo, e Sócrates não o deu. As coisas não se devem misturar, para que a promiscuidade não se apodere da nossa política ainda mais do que já se apoderou.

Apesar de tudo isto, penso que devemos votar no domingo, e eu irei fazê-lo, pois é o meu dever enquanto cidadão e dele não abdico. Mas gostaria que tudo fosse feito de maneira diferente. Ai, se gostaria...

3 comentários:

Catarina disse...

Só uma correção, as eleições em Pt são domingo, dia 7 e não sábado.
Bom fim-de-semana.

Um pai que não sabe o que faz disse...

Correcção feita, mt agradecido. Em cima estava bem, foi distracção... :)

Catarina disse...

Olá :)

Não sei se já conheces este blog, mas acho que vais gostar.

http://voagrandealtitude.blogspot.com/
Beijinhos, bom feriado.