segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Quando cheguei a Moçambique, uma das coisas que primeiro me impressionou foi a facilidade que havia em encontrar Coca-Cola à venda em detrimento da água, que era mais difícil de encontrar. Além disso, era mais barato comprar uma Coca-Cola que uma garrafa de água, o que achei no mínimo invulgar e descabido. Pensei: “estamos em África, tudo é possível…”
Afinal de contas, não é só em África que isto sucede. No sábado passado, no Bairro, Alto, pedi uma Coca-Cola e paguei 1,50€, enquanto que as amigas que estavam comigo pediram garrafas de águas e pagaram, por cada uma, 2€!!!

Além do facto dos bares terem margens de lucro absolutamente chocantes (uma garrafa de água de 0,33Lt no hipermercado custa cerca de 0,20€, o que significa uma margem de lucro na casa dos 1000%, e a Coca-Cola anda por essas margens também), não deveria haver alguém que impedisse esta escalada de preços? Os senhores da ASAE, que são tão rápidos a fechar estabelecimentos que não têm uma toalha de papel na mesa, não deveriam olhar para estes roubos que são perpetuados todas as noites em todo o sítio onde nos deslocamos para nos divertir um pouco?

Ah, espera, isto significa mais impostos arrecadados pelo Estado à nossa conta, para investir em coisas que não sabemos muito bem quais são. Pois, têm razão, deixem lá os senhores dos bares em paz, coitadinhos…

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