quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Nunca gostei, e cada vez gosto menos, de política. Não tenho mesmo jeito para a coisa, penso eu. É que eu não percebo aquilo que os políticos dizem, nem consigo achar lógica em muitos dos seus discursos.
Tomemos como exemplo o Tratado de Lisboa, que, sou sincero, conheço muito pouco, seja por falta de informação pública seja por preguiça minha, que não me mexi para procurar informações nalgum canto recôndito do site da presidência portuguesa... :)
José Sócrates diz que o Tratado é "porreiro, pá", mas no entanto acha que não se deve perguntar ao povo o que acha. Melhor, argumentou, na Assembleia da República, que há "uma larga maioria em Portugal" favorável ao projecto europeu. Então, se há, porque é que não referendou?
Argumentou que o referendo poderia ter consequências de "contágio negativo" noutros países membros. Então mas o Tratado não é uma coisa "porreira, pá" e não há uma larga maioria de portugueses que são adeptos do projecto europeu? Então o referendo não iria, isso sim, reforçar a importância que assume para todos os cidadãos, promover uma melhor informação sobre as implicações do Tratado para todos nós e, assim, contagiar positivamente os cidadãos dos outros países?
Ou será que poderia haver a hipótese de este Tratado, que é tão "porreiro, pá" para todos nós, não o ser? E que todos nós, na maioria adeptos do projecto europeu, poderíamos até, afinal de contas, chumbá-lo?
É como eu digo: não percebo mesmo nada da linguagem política. Bom, mas como o homem é engenheiro, deve perceber alguma coisa do assunto, né? :)

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